Uma baleia do Bitcoin que comprou suas primeiras moedas em 2011 parece ter vendido toda a sua reserva por um total de US$ 1,3 bilhão (R$ 7 bilhões), de acordo com dados da blockchain. As carteiras estavam ligadas a Owen Gunden, um dos primeiros operadores de arbitragem de BTC ($82,722.00), que antes era considerado um dos três maiores bilionários do mercado de criptomoedas.

Gunden vem movimentando seus investimentos em criptomoedas lentamente há anos, de acordo com dados da Arkham Intelligence, mas intensificou suas atividades no último mês, incluindo o envio de mais de US$ 344 milhões para a corretora Kraken. 

A Arkham Intelligence afirma que essas transferências recentes sugerem que Gunden “vendeu” toda a sua reserva de Bitcoin, de 11.000 BTC. No entanto, é impossível rastrear o destino das moedas depois que elas são enviadas para uma corretora centralizada — é possível que ele esteja usando a Kraken para custodiar suas moedas ou fazer staking, para obter rendimento sobre seus ativos.

A empresa de inteligência on-chain calculou que sua fortuna total em Bitcoin teria sido liquidada em um total de US$ 1,3 bilhão desde o início das movimentações no final de outubro. Gunden não parece manter uma presença online ativa, embora sua lenda persista em círculos da comunidade de criptomoedas devido à considerável aposta inicial no Bitcoin.

Os investimentos de Gunden

Ao longo dos 14 anos em que manteve bitcoins, o patrimônio líquido de Gunden oscilou conforme o mercado. Em 2021, suas reservas de Bitcoin atingiram o valor de US$ 936 milhões, antes de despencarem para US$ 209 milhões durante o mercado de baixa de 2022.

Em 10 de julho, Gunden detinha aproximadamente US$ 1,4 bilhão em Bitcoin em carteiras rastreadas pela Arkham, quando a moeda estava cotada a US$ 115 mil. Isso o tornou o terceiro mais rico em criptomoedas do mundo, atrás apenas do enigmático criador do Bitcoin, Satoshi Nakamoto, e do empresário chinês Justin Sun — fundador da rede Tron.

Em 12 de novembro, Gunden começou a transferir fundos para a Kraken, e sua avaliação on-chain caiu para US$ 561 milhões, tornando-o o oitavo detentor de criptomoedas mais rico, de acordo com a Arkham.

O Bitcoin caiu acima dos 30% para US$ 84 mil, após atingir sua máxima histórica de US$ 126 mil há pouco mais de um mês. Essa queda repentina levou o setor a questionar se o mercado de criptomoedas está prestes a entrar em um mercado de baixa.

Em meio a essa queda, Cathie Wood, da Ark Invest, reduziu sua meta de preço para o Bitcoin de US$ 1,5 milhão para US$ 1,2 milhão em 2030, citando o aumento na adoção de stablecoins, o que diminui a necessidade do BTC como meio de pagamento.

A empresa de criptomoedas Galaxy também reduziu sua meta para o final do ano de US$ 185 mil para US$ 120 mil, pois acredita que a volatilidade está muito baixa para atingir sua meta anterior.

* Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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