O Bitcoin volta a cair nesta segunda-feira (3), depois de passar o fim de semana estável em torno de US$ 110 mil, passando agora para a casa de US$ 107 mil e puxando as outras criptomoedas, que registram quedas mais fortes em semana importante com dados de emprego nos Estados Unidos.

Nesta manhã, o Bitcoin recua 2,9%, cotado a US$ 107.343. Em reais, a maior criptomoeda do mundo é negociada a R$ 578.047, segundo dados do Portal do Bitcoin. Entre as altcoins, o Ethereum recua 4%, cotado a US$ 3.704, enquanto BNB ($995.72) cai cerca de 6%, assim como a a Solana. Já a Dogecoin tem queda de pouco mais de 7%, ao passo que a XRP ($2.34) recua 4,6%.

Os investidores estão se posicionando antes da divulgação dos dados de emprego dos EUA, prevista para próxima sexta-feira (7), e digerindo os comentários do Secretário do Tesouro, Scott Bessent, que sugeriram que as altas taxas de juros estão começando a pressionar alguns setores da economia.

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Em entrevista exibida no fim de semana, Bessent disse à CNN que a política restritiva do Federal Reserve “pode ​​ter levado partes da economia, particularmente o setor imobiliário, à recessão” e argumentou que o banco central agora tem espaço para cortar as taxas de juros.

Ele alertou que manter os custos de empréstimos elevados aumentaria o risco de uma pressão econômica mais profunda, especialmente para famílias endividadas.

As criptomoedas inicialmente se fortaleceram com a perspectiva de que as declarações de Bessent pudessem reforçar o argumento para a flexibilização da política monetária, mas os ganhos diminuíram à medida que os investidores ponderavam se os cortes impulsionados pela desaceleração da atividade poderiam gerar volatilidade no curto prazo, em vez de um impulso de liquidez positivo.

A dominância do Bitcoin permaneceu firme, sinalizando apetite limitado por risco em tokens menores.

Com a reabertura dos mercados dos EUA na segunda-feira, os investidores estão focados no relatório de empregos de sexta-feira, com economistas esperando uma moderação na criação de empregos, enquanto a taxa de desemprego se mantém próxima aos níveis recentes.

Os dados ajudarão a esclarecer se os cortes nas taxas refletem confiança em um pouso suave da economia ou uma crescente preocupação com o enfraquecimento de alguns setores.

As métricas on-chain também apontam para uma desaceleração do ímpeto.

O Bitcoin não conseguiu subir acima do custo médio de aquisição dos detentores de curto prazo, perto de US$ 113.000, um nível que alguns analistas consideram a linha divisória entre as fases de alta e de correção.

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Esse nível tem limitado os preços por três semanas, após seis meses de negociação acima dele, sinalizando uma queda na demanda nos níveis atuais, escreveu a Glassnode em um relatório na semana passada.

Uma quebra sustentada para baixo aumenta o risco de uma correção mais profunda, com o próximo suporte significativo perto de US$ 88.000, escreveram os analistas da Glassnode.

Isso se baseia no custo médio de aquisição do suprimento em circulação ativa, um nível que marcou fases corretivas em ciclos anteriores.

* Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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