Na noite de sexta-feira, o Bitcoin chegou a cair para US$ 94 mil, mas se estabilizou ao longo da madrugada e, na manhã deste sábado (15), é negociado a US$ 95.841, com leve ganho de 0,5% no dia. Em reais, a criptomoeda líder é cotada a R$ 509.891, segundo dados do Portal do Bitcoin.
Analistas avaliam que a volatilidade causada por detentores de curto prazo em pânico parece ter diminuído, ao menos por enquanto.
“O mercado de Bitcoin é significativamente influenciado pela lucratividade de seus participantes mais novos, que representam novo capital e liquidez. Uma tendência de alta sustentada normalmente ocorre quando esses novos investidores estão em lucro, o que fortalece a confiança do mercado”, explicou o analista pseudônimo da CryptoQuant, CrazzyBlockk, ao Decrypt.
Ele acrescentou que, quando os detentores de curto prazo passam a registrar perdas entre 20% e 40%, isso desencadeia um período de vendas em pânico.
“Esse nível de dor tradicionalmente sinaliza uma transição para uma fase de capitulação total”, disse. “Dado o nível atual de perdas desse grupo, ainda estamos longe dos sinais clássicos de um mercado de baixa macro.”
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Mas se os novos participantes conseguirem realizar alguns lucros, o suporte tende a se fortalecer e a queda será mais uma “correção de meio de ciclo” do que o início de um mercado de baixa, completou o analista.
As liquidações nas últimas 24 horas já ultrapassaram US$ 1 bilhão, depois que o Bitcoin caiu abaixo de US$ 100 mil pela terceira vez em um mês. Antes desse período, a última vez que o Bitcoin havia sido negociado abaixo de seis dígitos foi em maio.
Analistas de olho no Fed
O sentimento em relação à última reunião do Federal Reserve no ano — e o que ela pode significar para a taxa de juros — vem mudando. Dados agregados de derivativos mostram que os traders acreditam haver uma probabilidade de 56,4% de que o Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) mantenha as taxas inalteradas em 9 de dezembro. Há apenas um mês, os traders avaliavam em 94% a chance de que o FOMC cortasse as taxas novamente antes de 2026, segundo o FedWatch do CME.
Normalmente, o Bitcoin e ativos de risco, como ações, tendem a se beneficiar quando o FOMC corta as taxas de juros, tornando ativos seguros como títulos do Tesouro menos atraentes para os investidores.
Mas o pessimismo dos investidores tem atingido as criptomoedas com mais força do que as ações. Analistas da Wintermute disseram em nota que o mercado cripto tem apresentado um viés muito mais negativo em comparação com índices de ações como o Nasdaq 100.
“Essa rotação macro ocorre em um momento em que o mercado já testou/defendeu o nível de US$ 100 mil duas vezes antes, levando agora a uma queda significativa abaixo desse patamar”, escreveram.
A estrategista de pesquisa da Pepperstone, Dilin Wu, disse que o mercado ainda não mostra sinais de uma recuperação sustentada e, por isso, recomenda que os traders mantenham cautela no curto prazo.
“No médio e longo prazo, o Bitcoin mantém o potencial de buscar novas máximas, mas isso depende da melhora do sentimento, do retorno da liquidez e da redução da volatilidade”, afirmou. “O ciclo de quatro anos ainda serve como referência, mas está longe de ser uma regra. Eu me concentro mais na participação real do mercado e nas condições de financiamento do que em padrões puramente cíclicos.”
* Traduzido e editado com autorização do Decrypt.
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