Apenas 24 horas após revelar seu plano de adquirir o clube de futebol Juventus, a emissora de stablecoins Tether teve sua proposta rejeitada pelos proprietários da equipe, a holding Exor, controlada pela família italiana Agnelli.

Em nota divulgada no sábado (13), a Exor N.V. confirmou que seu conselho de administração recusou, de forma unânime, a oferta “não solicitada” de US$ 1,3 bilhão da Tether Investments para comprar todas as ações da Juventus atualmente sob controle da holding.

“A Exor reafirma suas declarações anteriores e consistentes de que não tem intenção de vender nenhuma de suas ações da Juventus a terceiros, incluindo, mas não se limitando, à Tether, sediada em El Salvador”, afirmou a empresa.

O comunicado também ressalta que a Exor e a família Agnelli, criadora da marca de carros Fiat, são acionistas históricos e “orgulhosos há mais de um século” por fazerem parte da história do clube italiano. “Seguimos totalmente comprometidos com o Clube, apoiando sua nova equipe de gestão na execução de uma estratégia clara para entregar resultados sólidos dentro e fora de campo”, concluiu.

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A oferta da Tether

Na sexta-feira, a Tether apresentou uma proposta vinculante e totalmente em dinheiro para adquirir 65,4% do clube — oferta que agora foi rejeitada pela Exor.

“Para mim, a Juventus sempre fez parte da minha vida”, afirmou o CEO da Tether, Paolo Ardoino, em comunicado. “Cresci com este time. Quando menino, aprendi o significado de compromisso, resiliência e responsabilidade assistindo à Juventus enfrentar sucesso e adversidade com dignidade. Essas lições permaneceram comigo muito depois do apito final.”

Em fevereiro, a Tether já havia adquirido uma participação minoritária no clube, que disputa a Série A, a principal liga de futebol da Itália.

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O movimento mais recente da empresa reflete seus esforços contínuos para diversificar investimentos para além do mercado cripto. 

A Tether, por exemplo, participou recentemente de uma rodada de US$ 81 milhões em uma empresa italiana de robótica humanoide. Em novembro, também comprou mais 1 milhão de ações da plataforma de vídeos Rumble, após anunciar no ano passado que investiria US$ 775 milhões na concorrente do YouTube. 

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