A Operação Coffee Break realizada pela Polícia Federal (PF) na quarta-feira (12) revelou que um grupo investigado por fraudes em prefeituras usava criptomoedas para lavar dinheiro de propinas. A ação, realizada nos estados de São Paulo, Distrito Federal e Paraná, teve como um dos alvos a ex-nora do presidente Lula e vários políticos.
De acordo com a juíza da 1ª Vara Federal de Campinas (SP) Raquel Coelho Dal Rio Silveira, que autorizou a operação, a investigação revelou um esquema complexo de ocultação de recursos, com envio de valores para firmas de fachada, participação de doleiros e uso de criptomoedas, destinado tanto ao ganho ilícito dos envolvidos quanto ao repasse de dinheiro a terceiros.
A operação envolve políticos, servidores públicos e pessoas ligadas ao entorno da família do presidente. Segundo O Globo, foram cumpridos 44 mandados de prisão, quebras de sigilo e buscas em 44 endereços.
O grupo seria liderado por André Mariano, responsável pela Life Educacional — empresa que, mesmo com capital social de R$ 300 mil, movimentou pelo menos R$ 125 milhões ao vencer editais para fornecer material didático a cidades paulistas.
A PF descobriu que a Life superfaturava produtos em até 35 vezes, chegando a lucrar mais de R$ 50 milhões apenas com a venda de livros às prefeituras. Parte dos valores era desviada para contas pessoais de Mariano e para empresas de fachada operadas por doleiros.
Entre os beneficiários do esquema estão o vice-prefeito de Hortolândia, Cafu César (PSB), acusado de receber R$ 2,4 milhões, além de secretários municipais e o ex-secretário de Educação de Sumaré.
Carla Ariane Trindade, ex-nora de Lula, é investigada por suspeita de corrupção no Ministério da Educação, comandado pelo político Camilo Santana. Segundo a Veja, as investigações apontam que ela, assim como Kalil Bittar, também ligado à família do presidente, teriam atuado para influenciar decisões em órgãos federais.
Carla foi casada com Marcos Cláudio Lula da Silva, filho da ex-primeira dama Marisa Letícia, que foi adotado por Lula. Segundo o Estadão, quando foi procurada, a defesa informou que já solicitou acesso aos autos e somente irá se manifestar após o conhecimento integral da investigação.
Operação Coffee Break da PF
A Operação Coffee Break da PF, que tem como o objetivo de apurar supostas práticas ilegais envolvendo fraudes em licitações públicas, contou com o apoio da Controladoria-Geral da União (CGU) e da Polícia Militar do Estado de São Paulo.
Os investigados poderão responder pelos crimes de corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitação, lavagem de dinheiro, contratação direta ilegal e organização criminosa, disse a PF em nota.
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