Revelada a identidade de PM e advogados presos por ligação com “Faraó do Bitcoin”

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PortalDoBitcoin BR 2 hours ago 89

Uma semana após a Polícia Federal deflagrar a Operação Kryptolaundry, prendendo um grupo de pessoas ligado a Glaidson Acácio dos Santos, o “Faraó do Bitcoin” que deixou milhares de investidores no prejuízo com a pirâmide financeira GAS Consultoria, agora foram revelados os nomes dos participantes das opereações suspeitas.

Segundo reportagem do Metrópoles, os envolvidos, que ficaram presos por apenas 24 horas, são: André Albuquerque Feitosa, policial militar do Distrito Federal; Alexandre Sepúlveda Verlage Borges; Bruna Duarte Verlage Borges, esposa de Alexandre; Felipe José Silva Novais, marido de Kamila Novais; Phillipp Chaves Carneiro, advogado; Kamila Martins Novais, advogada; Matheus Rodrigues Pereira Bezerra, advogado.

Em nota ao jornal, a Seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/DF) informou que acompanhou a operação policial para garantir o respeito às prerrogativas da advocacia, assegurando tratamento digno e compatível com a profissão e vedando qualquer forma de constrangimento ilegal, abuso de autoridade ou violação das prerrogativas profissionais.

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Segundo as investigações, o grupo movimentou mais de R$ 2,7 bilhões, dos quais R$ 404 milhões foram identificados como recursos ilícitos destinados ao enriquecimento de seus líderes. No total, porém, os criminosos teriam conseguido um lucro de R$ 3,8 bilhões ao fazer pelo menos 62 mil vítimas no Brasil através da continuidade dos esquemas protagonizados pelo Faraó do Bitcoin.

Ao todo, foram decretados 24 mandados de busca e apreensão e nove prisões preventivas, alcançando 45 investigados entre pessoas físicas e jurídicas, segundo nota da PF. Seis pessoas foram presas no DF e duas na Espanha, em ação coordenada com autoridades internacionais.

A Justiça determinou o bloqueio de até R$ 685 milhões em contas bancárias, além do sequestro de propriedades urbanas e rurais, incluindo imóveis de luxo, fazendas e empreendimentos comerciais supostamente utilizados para mascarar a origem dos recursos.

Como funcionava o esquema

Como aponta o Metrópoles, as investigações apontam que os líderes do grupo eram o advogado Phillipp Carneiro e Felipe Novais, que seriam responsáveis pela estruturação e expansão regional do esquema desde 2017. Eles receberam milhões de reais diretamente da cúpula da GAS, incluindo mais de R$ 40 milhões destinados à Carneiro Novais Advogados Associados, além de mais de R$ 80 milhões recebidos pessoalmente por Felipe Novais e sua esposa, Kamila.

A suposta organização criminosa contava com operadores financeiros e sócios administrativos, papéis de Alexandre Borges, André Feitosa e Matheus Bezerra. Segundo o MPF, eles seriam responsáveis pela circulação e dissimulação de valores ilícitos, por meio de empresas criadas exclusivamente para esse fim.

As investigações apontam o uso de contas bancárias de familiares, o encerramento de empresas logo após movimentações atípicas e a concentração de diversas pessoas jurídicas em um mesmo endereço, elementos que reforçam o caráter de empresas de fachada.

Segundo o Gaeco do MPF, o terceiro-sargento da PM do Distrito Federal André Feitosa era peça-chave da engrenagem operacional e financeira do núcleo brasiliense da organização criminosa vinculada à GAS. Ele teria usado sua condição de agente de segurança pública para integrar uma estrutura voltada à prática de crimes graves contra o sistema financeiro e a ordem econômica.

As investigações apontam que sua empresa, A.M. Feitosa Consultoria e Intermediação de Negócios Ltda., movimentou mais de R$ 89 milhões, valor considerado incompatível com sua capacidade econômica declarada. André também teria utilizado contas bancárias de seus pais para ocultar e pulverizar valores ilícitos.

Quando foi realizada a operação, a PF explicou que o núcleo empresarial da quadrilha estruturava e controlava dezenas de empresas de fachada para pulverizar valores, ocultar patrimônio e adquirir bens de alto valor.

As investigações mostram que o grupo atuava com forte aparência de legalidade, oferecendo investimentos em criptoativos apresentados como “seguros” e com promessas de rentabilidade elevada, de 10% ao mês. Para atrair investidores, eles usavam contratos elaborados, eventos presenciais e intensa divulgação nas redes sociais.

No entanto, segundo a PF, parte expressiva do dinheiro captado era desviada para o enriquecimento do topo da organização criminosa, que recorria ao uso de criptomoedas como forma de dificultar o rastreamento dos valores.

Quer fazer uma denúncia? Envie um e-mail para denuncia@portaldobitcoin.com

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