A Strategy emitiu US$ 50 milhões em ações preferenciais para financiar sua mais recente compra de Bitcoin, deixando os acionistas ordinários sem diluição, mesmo com a capitalização de mercado da empresa se aproximando de um limite crucial, conforme sinalizado em uma postagem de blog na segunda-feira (10).
A empresa, comandada pelo bilionário Michael Saylor, foi recentemente avaliada em US$ 71 bilhões, refletindo um prêmio de 1,06 vezes em relação ao seu estoque de Bitcoin de US$ 67,8 bilhões. O prêmio, frequentemente referido como mNAV (múltiplo do valor patrimonial líquido), foi próximo do seu menor nível em 20 meses.
Na semana passada, a Strategy vendeu uma combinação de ações preferenciais, que exigem que a maior detentora corporativa de Bitcoin do mundo faça pagamentos de dividendos. A venda foi composta principalmente de ações preferenciais perpétuas de taxa variável da Série A, no valor de US$ 26 milhões.
Historicamente, a Strategy emite ações ordinárias para aumentar suas reservas de Bitcoin. No entanto, essa estratégia se tornou menos eficaz para a empresa aumentar a quantidade de Bitcoin que possui por ação, visto que o valor patrimonial líquido (mNAV) caiu de 2,7xa há um ano.
Também na semana passada, a Strategy adicionou 397 bitcoins aos seus cofres corporativos. A compra, avaliada em US$ 50 milhões, elevou o estoque da Strategy para quase 641.700 Bitcoins.
As ações da Strategy caíram 0,68% na segunda-feira, para US$ 237,25, segundo o Yahoo Finance. O Bitcoin era negociado em torno de US$ 105.570, alta de 1% no último dia, de acordo com a cotação do Portal do Bitcoin.
No sábado, o investidor James Chanos, especialista em vendas a descoberto, afirmou que havia desfeito uma operação na qual apostava na queda do prêmio da Strategy. O veterano de Wall Street não revelou o tamanho da posição nem quaisquer lucros obtidos, mas disse que a iniciou há cerca de um ano.
Ao apostar na alta do Bitcoin e na queda das ações da Strategy, Chanos não estava apostando contra o preço do Bitcoin, mas sim que o valor patrimonial líquido (mNAV) altíssimo da Strategy, registrado um ano antes, seria passageiro.
“O prêmio deve continuar a diminuir ao longo do tempo, à medida que a MSTR continua a emitir ações ordinárias, mas recomendamos deixar que outros busquem essa oportunidade, visto que a MSTR inevitavelmente caminha para um múltiplo de 1,0x o seu valor patrimonial líquido”, afirmou uma nota compartilhada por Chanos na X.
Este ano, a Strategy procurou adaptar sua postura em relação à emissão de ações ordinárias para transmitir disciplina. E, no mês passado, passou várias semanas sem emitir ações ordinárias.
Em uma nota recente, o analista Lance Vitanza, da TD Cowen, afirmou que a emissão de prêmios e de capital da Strategy deve acelerar no primeiro semestre deste ano, acrescentando que a dinâmica seria “consistente com os ciclos anteriores”.
Na semana passada, a Strategy anunciou que esperava arrecadar US$ 715 milhões com a estreia de suas primeiras ações preferenciais denominadas em euros. A transação está prevista para quinta-feira, com o produto estreando nos mercados de Luxemburgo.
Se a Strategy investisse esses fundos em Bitcoin, seria a maior compra da empresa desde que gastou US$ 2,46 bilhões no ativo em meados de julho. Thomas Perfumo, economista global da corretora de criptomoedas Kraken, observou ao Decrypt que as aquisições da Strategy têm impactado menos os mercados.
“A desaceleração do fluxo de Bitcoin é um fator importante que influencia a direção atual do mercado”, disse ele na sexta-feira. “A demanda de tesourarias de ativos digitais como a Strategy, que sustentaram os preços das criptomoedas durante o verão, está diminuindo.”
* Traduzido e editado com autorização do Decrypt.
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