O Banco Central decidiu desligar a plataforma do Drex na próxima segunda-feira após quatro anos de testes do programa, que teve início como real digital. As informações são do Valor Econômico, que diz que o BC decidiu encerrar a estrutura atual e partir para uma nova infraestrutura técnica, que ainda não teve tecnologia definida.
Segundo o jornal, o desligamento da plataforma atendeu a um pedido de mercado pois há um custo atrelado à sua manutenção. O BC ainda não se pronunciou oficialmente e a informação teria sido anunciada em uma reunião entre membros do Banco Central e os consórcios que participam do Drex.
O desligamento da plataforma se dá porque a arquitetura vigente, baseada na tecnologia de registro distribuído (DLT) Hyperledger Besu, não atendeu aos requisitos de privacidade exigidos pela autoridade monetária, diz o Valor.
Diante disso, a informação é que na fase 3 deve haver uma continuação dos estudos de casos com uma tecnologia de arquitetura considerada agnóstica, sendo que o relatório da fase 2 deve sair apenas no início de 2026. Para o futuro, a proposta do Drex é garantir um ambiente interoperável para ativos tokenizados usando uma moeda do Banco Central.
As mudanças no Drex
O Drex nasceu em 2021 com o ambicioso propósito de ser o “real digital”, uma moeda de banco central (CBDC) que colocaria o Brasil entre os países líderes em inovação monetária.
A ideia inicial era criar uma versão digital do real, emitida e garantida pelo Banco Central, que pudesse ser usada em transações do dia a dia, interoperável com o Pix e integrada ao sistema financeiro nacional. Na época, o BC apresentou o projeto como parte de uma agenda de modernização que visava ampliar a inclusão financeira e reduzir custos operacionais no sistema bancário.
Com o avanço das pesquisas e o início da fase piloto, o Drex passou a ser testado em um ambiente de registro distribuído (DLT), utilizando tecnologias como a Hyperledger Besu, uma infraestrutura baseada em blockchain que permitiria o desenvolvimento de contratos inteligentes e a tokenização de ativos financeiros.
Leia também: Nem real digital e nem blockchain: entenda como o Banco Central transformou o Drex
A promessa era grande: permitir empréstimos automatizados, registro digital de imóveis e novos modelos de financiamento. No entanto, logo surgiram obstáculos. O Banco Central identificou que a tecnologia disponível não oferecia garantias suficientes de privacidade, confidencialidade bancária e escalabilidade.
A partir daí, o projeto começou a mudar de caráter. Em vez de se concentrar em uma moeda digital de uso direto pela população, o BC começou a reposicionar o Drex como uma infraestrutura voltada ao sistema financeiro. O foco passou a ser a tokenização de ativos, a liquidação de operações entre instituições e a automatização de garantias.
Essa mudança culminou nas fases mais recentes do projeto, em que o BC abandonou temporariamente o uso de blockchain e reformulou a arquitetura tecnológica. A chamada “Fase 3” focaria em testes com garantias de crédito e integração entre diferentes instituições financeiras, mas até o momento não foi divulgado nem o relatório da Fase 2.
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