A Polícia Civil do Pará (PCPA) prendeu, na quinta-feira (24), no Rio de Janeiro, um homem suspeito de ter aplicado o chamado “golpe do amor” em uma mulher paraense e ter usado criptomoedas para lavar o dinheiro roubado. Segundo as investigações, o prejuízo da vítima pode chegar a até R$ 500 mil.
De acordo com um comunicado do órgão, a mulher acreditava que mantinha um relacionamento virtual com um estrangeiro, porém foi enganada e realizou diversas transferências bancárias. Segundo apurou a CNN Brasil, trata-se de um homem chamado Daniel, que se passava pelo falso militar americano “Kendrick”.
A reportagem, que tenta contato com a defesa do suspeito, explica que ele atuava em parceria com uma quadrilha de nigerianos especializada nesse tipo de golpe.
Operação “Romance Scam”
A Operação “Romance Scam” foi conduzida pela Divisão de Combate a Crimes Contra Grupos Vulneráveis (DCCV) da Diretoria Estadual de Combate a Crimes Cibernéticos (DECCC).
Durante a ação, foram cumpridos, além do mandado de prisão preventiva, mandado de busca e apreensão tanto domiciliar quanto virtual — carteiras de criptomoedas —, além de bloqueios de valores e sequestro de bens. As ações foram deferidas pelo Juízo da 1ª Vara de Inquéritos Policiais e Medidas Cautelares de Belém. O celular do investigado foi apreendido e encaminhado à perícia, disse a polícia.
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“Durante o trabalho investigativo, nós conseguimos identificar que o suspeito recebeu os valores em suas contas bancárias e, com o intuito de ocultar a origem ilícita do dinheiro, realizou transferências para uma empresa que opera criptoativos, utilizando os valores para a compra de bitcoins”, explicou a delegada Lua Figueiredo.
De acordo com a delegada, a Operação “Romance Scam” marcou o primeiro caso em que a Polícia Civil do Pará recebeu autorização judicial para apreender criptomoedas e criar uma carteira virtual oficial para custodiá-las.
A Operação contou ainda com o apoio da do Laboratório de Tecnologia Contra Lavagem de Dinheiro (LAB/LD/NIP/PC-PA) e da Divisão de Repressão ao Crime Organizado (DRACO), da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro.
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