O ex-CEO da Binance, Changpeng “CZ” Zhao, e o fundador da Tron, Justin Sun, negaram com veemência uma reportagem do Wall Street Journal que afirmava que Zhao concordou em fornecer provas contra Sun como parte de seu acordo judicial com as autoridades dos EUA em 2023.
Citando fontes anônimas, o jornal informou na sexta-feira (11) que Zhao, que cumpriu quatro meses de prisão após se declarar culpado por violações relacionadas à lavagem de dinheiro, teria se comprometido a testemunhar contra Sun em troca de clemência.
Um dia antes da publicação do artigo, Zhao publicou sobre como uma certa “reportagem difamatória sem fundamento” sobre ele estava sendo preparada.
“O WSJ está realmente SE ESFORÇANDO aqui. Parece que esqueceram quem foi para a prisão e quem não foi. Pessoas que se tornam testemunhas do governo não vão para a prisão”, tuitou Zhao no sábado, sugerindo que alguém “pagou funcionários do WSJ” para “manchar” sua imagem.
Sun, que enfrenta acusações separadas da SEC, também negou a história. Ele chamou Zhao de seu mentor e “amigo próximo” e reconheceu que Zhao teve “um papel crucial” em sua “jornada empreendedora”.
A matéria do WSJ surgiu em meio a relatos de que executivos da Binance se reuniram com autoridades do Tesouro dos EUA no mês passado para discutir a remoção de um monitor designado pelos EUA, que supervisiona o cumprimento das leis contra a lavagem de dinheiro pela exchange.
Cara ou coroa
A Binance teria iniciado conversas para listar a USD1, uma stablecoin emitida pela World Liberty Financial — uma iniciativa de finanças descentralizadas apoiada pela família do ex-presidente Trump, na qual Sun é investidor.
Essas discussões supostamente começaram antes das reuniões com o Tesouro, levantando a possibilidade de um conflito de interesses.
Um porta-voz do Tesouro confirmou ao WSJ que a reunião com a Binance ocorreu, mas teria caracterizado o encontro como “uma entre dezenas” realizadas pela agência com executivos e representantes do setor cripto.
Contrariando essas alegações, a Binance afirma que os requisitos atuais de monitoramento criam “ônus ineficientes e caros”, ao mesmo tempo em que insiste que quaisquer mudanças em seus sistemas de conformidade são “ajustes finos” e não uma “flexibilização dos controles”.
O WSJ também relatou que a Binance estaria buscando um perdão presidencial para seu ex-CEO. Zhao negou essas alegações.
Na semana passada, o Departamento de Justiça (DOJ) suspendeu os monitoramentos corporativos e dissolveu sua unidade cripto, que foi fundamental no caso contra a Binance em 2023.
Nem o DOJ nem a Casa Branca haviam feito declarações públicas sobre o suposto acordo de cooperação ou a possibilidade de um perdão presidencial.
A Casa Branca não respondeu imediatamente ao pedido de comentário feito pela Decrypt. O DOJ recusou-se a comentar.
* Traduzido e editado com autorização do Decrypt.
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